7 de jun. de 2010

" ... tão estranha é a vida sobre a Terra. "


                                                                             (imagem via)

O que está sendo agora? Uma divisão de duas realidades. O que está sendo agora? Um cair de cara na própria realidade. Ainda assim me recuso a banquetear o coro dos que entoam que tudo é assim. Eu não acredito e ponto final.
Quando fica o medo e uma sensação de desamparo não será contra o outro que acharei meu conforto. Este devo procurar dentro de mim e seguir minha vida e continuar a olhar as coisas não com os mesmos olhos, porque isso seria ignorar os fatos, mas com um acolhimento justo do que é meu e do que passou. Eu senti medo, muito medo. Mas recuso a pensar e a gritar por aí que só medo sentirei. Mudarei meus hábitos? Talvez. Mudarei meus caminhos? Quase que certamente. É triste sentir isso e pensar na história que antecedem fatos, pensar no que leva as pessoas a amedrontarem outras e se apropriarem do que não lhes pertence. O que leva o ser humano a seu estado mais vil? Não sei. Só sei que vi.
As esquinas me parecem mais sombrias? Pode ser. Mas certamente tudo que eu não quero é trazer  isso para dentro de mim. Sei que ser como antes é  tarefa quase impossível. Os olhares atentos a cada minima particula supeita com certeza me farão pensar e repensar, refletir e concluir o que aqui falo. Mas existirão e só isso já me incomoda. Não que não existissem antes mas, agora que a insegurança reina no meu dia a dia -  nos meu passos acelerados, no meu pescoço que se vira e que se vira e vira mais, nos meu braços trêmulos agarrando a bolsa e cruzados protegendo o coração -  agora que isso faz parte de mim, sinto que não tem mais volta. Gostaria que fosse diferente e que um lugar assim tão lindo - não só a minha cidade mas o mundo todo em que vivemos - não fosse tão violentado pela violência.
Fiquem atentos, olhos abertos e coração na mão. Não, não para a neurose!
Para o lugar comum.

p.s.: o trecho do texto do titulo foi extraído daqui.

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