19 de set. de 2010

Só.

 
Nascemos e morremos sozinhos. Passamos a vida cercados de gente e, querendo sempre aumentar a roda. Quando pequenos temos os pais e (às vezes) irmãos, depois vem os namorados e amigos, depois os filhos ( que não são nossos, mas a gente tem cimentado na cabeça do contrário ). Passantes, todos passantes. Na solidão, por mais que não admitamos, nos encontramos. A solidão prova muitas coisas. Isso pode ser papo de uma caçula temporã e agora uma adulta de poucos amigos com suas dores e sem saber o que fazer com sua solidão..pode até ser. Mas não há nada mais sábio do que ter uma convivência harmônica consigo mesmo. Tenho tentado de verdade, porque na verdade finjo muito bem estar bem sozinha. Não fico. Tudo culpa desse maldito lugar-comum do mundo em par. Eu, que não me acostumo a não ter algum amigo pra passar um tempo (será que deveria me acostumar?) e que tento a qualquer custo acreditar que estou bem, vazia como estou, ainda não evoluí o bastante para gostar do fato de viver comigo a vida toda. Pra falar a verdade nem sei se, caso fosse outra pessoa, seria minha amiga. 
Me retorço pra tentar me achar confortável nessa minha pele dura como pedra. Me esforço para não sufocar as demais pessoas que vivem ao meu lado e tem amigos e uma vida sociável normal, mas é difícil. Grito para dentro e me sufoco. Até quando?

Um comentário:

Mel disse...

Sabe que eu consigo me virar sozinha e sempre preferi fazer trabalhos de escola sozinha, sempre fui mto individualista. Um dia - e não sei bem o que desencadeou isso - eu passei a buscar companhias pra tudo e prezá-las. Hoje eu posso dizer que eu prefiro estar conversando com alguém do que sozinha. Não tem jeito, a gente nasceu pra conviver, embora sempre seja difícil e embora a gente precise de momentos de solidão - de vez em quando!!!!
beijos!