Que nostalgia que sinto, do alto de meus 19 anos, ao ouvir o barulho de seu sino. Que sabor vem a minha memória, doce cheiro que sinto. Lembro como era bom ouvir este sino e saber que meu doce lanche estava a caminho. Mas você, Sr. Pipoqueiro tinha esse seu ar tão triste, tão liso e tão pálido. Uma maneira que não casava com a alegria que seu lanche me trazia. Seu rosto á noite era iluminado apenas pela luz de sua lamparina. E eu podia ver por detrás de seus bigodes um murmúrio de "obrigado" recheado de satisfação quando feliz eu voltava, com pacote na mão, para o conforto de minha casa.
Era quase um ritual. Enquanto você, Sr. Pipoqueiro enfeitava meu lanche com confeitos coloridos, meu pai assitia de janela todos os meus passos e acompanhava meu sorriso. E foi assim, começou comigo, mas aos poucos quase todas as noites outras crianças da rua passaram a me acompanhar e voltavam felizes como eu para a doçura de seu lar.
Mas Sr. Pipoqueiro eu cresci. E além de gostar de outros doces lanches, passei a estourar meus próprios grãos ora que seriam acompanhados por um filme, ora apenas por vontade de comê-los. E Sr. Pipoqueiro, também passei a perceber que seu sino tocava cada vez menos frequentemente à noite. Até que lembro de me perguntar onde você estaria. Por muito tempo essa pergunta ecoou sem reposta. Será que o Sr. Pipoqueiro (que realmente já era um senhor) foi vender pipocas do outro lado (da vida e não do bairro)?
E quando eu estava no retorno do exercício de minha cidadania em pleno segundo turno de eleições presidenciais, te encontrei de novo Sr. Pipoqueiro. E para minha surpresa você me reconheceu e acenou com um sorriso. Quanto a mim, não te reconhecer seria impossível com aqueles mesmos bigodes e a mesma cara triste e lânguida iluminada pela lamparina. Não parei, apesar da vontade de fazê-lo. Apenas acenei de volta e retribuí o sorriso.
E ontem Sr. pipoqueiro, em pleno sábado à noite, ouço de novo um som familiar. Era seu sino tocando e o cheiro doce invadindo meu quarto. Apareci na janela e acenei. Não, dessa vez não era um aceno para que parasse. Era apenas para que você soubesse que ainda lembro do som de seu sino e que sinto falta desse tempo despreocupado em que minha ocupação nas noites era debruçar-me na janela e garantir alguns trocados de meu lanche.
Obrigada por me fazer relembrar o quão doce era aquele tempo.
Boa noite Sr. Pipoqueiro.
Era quase um ritual. Enquanto você, Sr. Pipoqueiro enfeitava meu lanche com confeitos coloridos, meu pai assitia de janela todos os meus passos e acompanhava meu sorriso. E foi assim, começou comigo, mas aos poucos quase todas as noites outras crianças da rua passaram a me acompanhar e voltavam felizes como eu para a doçura de seu lar.
Mas Sr. Pipoqueiro eu cresci. E além de gostar de outros doces lanches, passei a estourar meus próprios grãos ora que seriam acompanhados por um filme, ora apenas por vontade de comê-los. E Sr. Pipoqueiro, também passei a perceber que seu sino tocava cada vez menos frequentemente à noite. Até que lembro de me perguntar onde você estaria. Por muito tempo essa pergunta ecoou sem reposta. Será que o Sr. Pipoqueiro (que realmente já era um senhor) foi vender pipocas do outro lado (da vida e não do bairro)?
E quando eu estava no retorno do exercício de minha cidadania em pleno segundo turno de eleições presidenciais, te encontrei de novo Sr. Pipoqueiro. E para minha surpresa você me reconheceu e acenou com um sorriso. Quanto a mim, não te reconhecer seria impossível com aqueles mesmos bigodes e a mesma cara triste e lânguida iluminada pela lamparina. Não parei, apesar da vontade de fazê-lo. Apenas acenei de volta e retribuí o sorriso.
E ontem Sr. pipoqueiro, em pleno sábado à noite, ouço de novo um som familiar. Era seu sino tocando e o cheiro doce invadindo meu quarto. Apareci na janela e acenei. Não, dessa vez não era um aceno para que parasse. Era apenas para que você soubesse que ainda lembro do som de seu sino e que sinto falta desse tempo despreocupado em que minha ocupação nas noites era debruçar-me na janela e garantir alguns trocados de meu lanche.
Obrigada por me fazer relembrar o quão doce era aquele tempo.
Boa noite Sr. Pipoqueiro.
3 comentários:
Lindo lindo lindo! Amei, mesmo. Tão doce e nostálgico... Beijo.
que lindo! *-*
eu amo pipoca também!!
te convido pra participar de um amigo secreto entre blogueiros:
http://blogueirosecreto.blogspot.com/
beijos!
Fofo! Nossas memórias ficam bem guardadinhas em nossos corações, ainda bem!!!!
beijos
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