27 de fev. de 2012

Mais um fim para um novo começo

Decidi parar de escrever um pouco aqui no blog. É engraçado como este espaço nasceu completamente despretencioso e admito que assim ele continua. Porém o que eu não esperava era que eu criaria uma relação tão íntima com isso aqui e ao mesmo tempo tão distante. Explico: desde sempre eu escrevo. Não em diários, mas em cadernos. Não necessariamente textos métricos com começo, meio e fim, mas sim, poesias, textos de uma frase só, histórias inventadas e com personagens da vida real. Este espaço, diferente de como tudo é na minha vida real, tem andado meio parado, esquecido, largado. Na verdade, digo esquecido somente porque não posto com frequência - fato este que é completamente oposto a minha vontade de escrever e mesmo à quantidade de assuntos que tenho para discorrer - mas de fato as postagens vêm escasseando. Outro fato é que cada vez mais, por circunstâncias da minha própria vida, minhas postagens têm todas o mesmo tom, e não sei se isso me agrada. Não quero parecer que estou sempre insatisfeita com a vida, ou revoltada - embora ande mesmo muito questionadora quanto a meu futuro - mas a verdade deste post é que de uma certa forma eu quero voltar a ter uma escrita mais livre. Não que meu blog seja super badalado - e  deixo aqui meu enorme agradecimento àqueles que vêm, leem e comentam por aqui com um carinho que não sei nem descrever - e seja submetido a um regime rigoroso de crítica, mas sinto que estou cerceando um pouco meus assuntos por medo de "parecer". Parecer reclamona, depressiva, chata, pessimista. E quando falo isso estou sendo completamente sincera porque sei que todo mundo tem medo de parecer uma coisa que não é.
Estou de verdade passando por uma fase de muitos questionamentos - em relação a minha vida como um todo, a profissão que escolhi, a pessoa que estou me tornando, se estou caminhado certo, e outras coisas mais - e não gostaria de compartilhar isso por agora, enquanto ainda estou ponderando e decidindo uma série de coisas, porque pode pesar demais. Não quero isso, mesmo.
Quero que este seja um espaço leve, onde eu escreva outro tipo de coisa e não tão somente minhas angústias e insatisfações.
Vou continuar a escrever e espero que a escrita me ajude como sempre ajudou a aliviar um pouco a barra - por mais que eu saiba que agora precisarei de uma ajuda de outro tipo pra segurar o que tá pesando.
Que fique claro que o blog não acabou. Mas que ele precisa parar um pouco para que eu continue. E saibam que quando eu voltar é porque a realidade mudou pra melhor.
Dizem que a tristeza é que é combustível para a escrita, e que da alegria nada sai porque ela não nos faz questionar nossa realidade. Pode até ser que tenha sido assim até agora, mas estou disposta a reverter esta maneira de produzir.
Até breve.

30 de jan. de 2012

Como faz?

Como faz pra jogar tudo pro alto e começar do zero?
Ainda dá tempo de querer ser nada?

17 de jan. de 2012

Multicoisas

E a gente cresce e vai entendendo que a vida não é uma linha reta. E pensamos mais ainda como éramos tolos de achar que ela poderia ser assim. A vida é assim arredia. É aquela chuva de verão que pega a gente de surpresa e nos faz mudar de repente. Ora, cadê o sol que estava aqui? E esta chuva que teima em cair pesada, molhar e deformar tudo que estava ali antes seco e seguro?
É assim mesmo.
"Quem disse que é feio errar?". Aonde está escrito que eu não posso mudar de ideia? Que não posso ser isto ou aquilo.
A gente nem sabe, essa é a verdade.
E passamos a vida toda querendo ter controle da vida. E ela lá, toda bonitona desfilando na nossa cara enquanto a gente pensa em comprar sela. Ela não precisa disso. Assim como nada que está aqui precisa sequer que a gente exista. Por mais que a gente siga criando necessidades e dificuldades, o nosso maior desafio é simplesmente viver. Viver simples. Com pé no chão. Pé descalço.
Acho que essa pode ser uma boa resolução pra esse ano: viver com pés descalços.
Sim, porque ao longo desses anos tenho me enrolado tanto com exigências e perguntas sem resposta (na maior parte das vezes sem sentido mesmo) que cada vez é mais certeiro que seja essa, daqui pra frente, a resolução da minha vida.

Querida vida, eu sei que é pedir demais e que você já faz isso todos os dias e segundos, mas dá pra mandar um sinal?


"Por isso é que não adianta querer julgar. É cada um por si na sua própria bolha de ar." (Chá Verde - Tiê)

4 de jan. de 2012

#2 - Sobre o amor


"E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar."
                                                                   Tiê - Assinado eu

3 de jan. de 2012

Fome e som

"Todo mundo tem fome. Se não é de feijão e farinha, é de amor."
                                                                                                     Criolo.


Depois de ter ouvido Cálice e ter achado o máximo até que tentei ouvir as outras músicas do Criolo. Mas não rolou. Não curto muito rap, hip hop e afins. Mas depois que li a entrevista dele na Trip há tempos atrás fiz uma força e baixei o disco.
Realmente. A plateia clama e não é por acaso. O cara é foda mesmo.
Leia aqui a entrevista.